Planejamento estratégico: os hábitos e o alcance das metas
- Danielle Alves
- 17 de jan. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de out. de 2023
Há anos auxilio advogados e escritórios a trabalharem com planejamento estratégico e, durante essa experiência, notei algumas dificuldades recorrentes dos escritórios na construção do planejamento ideal, além de, obviamente, no cumprimento das metas estabelecidas.
Notem, iniciar o planejamento é fácil, todos nós, em algum momento já passamos por isso: a cada ano novo, a cada necessidade de satisfação de um sonho, planejar é tranquilo, quase intuitivo.
Acredito fortemente que existem “estágios” de maturidade de um indivíduo no seu planejamento, ou dos seus negócios, os quais fazem absoluta diferença para a sua eficácia, quais sejam: sonhos, meros planos e as estratégias.
Quando o indivíduo sonha, ele quer atingir o objetivo como que por mágica, não há uma ação ou esforço para que ele se concretize.
O mero plano é um pouco mais elaborado, objetivos são até definidos mas não há definição do que será feito para alcança-los ou acompanhamento necessário ou mesmo um prazo para seu atingimento, por vezes nem uma ação propriamente dita.
Já a estratégia (de verdade) é eficiência pura!
Nesta, temos a junção dos anteriores e trabalhamos com priorização, ação, acompanhamento, redefinição e indicadores que traduzem exatamente o que é necessário para eventual correção de estratégia.
Notem, que a origem da palavra estratégia, do grego strategia, remonta os tempos das guerras, a estratégia estava diretamente relacionada com a arte de fazer a guerra, os melhores líderes traçavam esses planos que tinham um único resultado:morrer ou viver; subjugar ou ser subjugado.
É possível perceber aí o quanto era sério o atingimento do objetivo pretendido!
Por isso, nesse texto a pretensão é demonstrar como otimizar suas ações para compor métodos mais rápidos de atingimento dos resultados pretendidos.
Nesse aspecto, não entraremos no modo de traçar o planejamento estratégico ou nas ferramentas para priorização das metas, sobre isso já tratamos em outros textos.
Quero mostrar aqui uma outra vertente que traduz em como potencializar a assertividade das ações para o cumprimento das estratégias estabelecidas. Sendo assim, esse artigo trata mais especificamente do cumprimento da estratégia - planejamento estratégico pronto, vamos para a ação!
Nesse contexto, de colocar em prática as metas priorizadas e estabelecidas, trabalhemos com o prazo e ações necessárias para seu atingimento e com um aliado:
o hábito.
Com os estudos cada vez mais avançados na área da neurociência, há muitas pesquisas que auxiliam o entendimento de como funciona o nosso cérebro.
Em torno de 1990, pesquisadores do MIT descobriram o chamado CICLO DO HÁBITO, que é a forma que nosso cérebro “automatiza” as suas rotinas para consumir menos energia e atingir o resultado esperado de forma mais assertiva e eficiente.
Nesse ciclo, constatou-se que nosso cérebro identifica gatilhos - o que dá origem à ação, atua com a rotina - repetindo as mesmas ações de forma cada vez mais rápida, assertiva e automática, e verifica as recompensas - que traz o prêmio pela ação praticada.
Se você atua em um escritório com procedimentos e fluxos de trabalho eficientes, já descobriu de onde veio a ideia!
Essa descoberta pode auxiliar muito no atingimento das metas fixadas no planejamento estratégico da sua vida, do seu escritório e de qualquer outra conquista que esteja no seu radar.
Veja os exemplos:
Ao trabalharmos em uma rotina operacional, temos os fluxos de trabalho (otimizados para aumento da eficiência);
Com relação às pessoas, lidamos com “gatilhos” para inicio das atividades, rotinas para a manutenção e aumento de performance e recompensas, a fim de ter os colaboradores cada vez mais especializados e sempre motivados!
E essa forma de trabalho é um retrato do funcionamento da máquina mais fantástica que existe: o nosso cérebro!
Então, vamos utilizar os hábitos para atingimento de nossas metas auxiliando no aumento da performance: quanto mais automáticas as rotinas, menos o cérebro gasta energia e maior a sua produtividade.
Ocorre que o cérebro leva um tempo para perceber e automatizar as rotinas, de modo que a persistência e força de vontade são as armas mais eficientes na busca pela alta performance.
Por isso, manter viva aquela ação, repeti-la dia após dia é o que a transforma em um hábito. Algo tão automático para seu cérebro como escovar os dentes ou tomar banho.
E essa economia de energia que você proporciona ao cérebro ao transformar ações em hábitos o deixa descansado para tomar mais decisões e atingir mais resultados de forma mais rápida.
Fazendo o paralelo com o planejamento estratégico de um escritório, utilizemos o mesmo modus operandi do cérebro para atingimento das metas coletivas: gatilho, rotina, recompensa, inclusive como nos exemplos acima.
Pense nisso e aumente seus resultados e da sua equipe!
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